domingo, 11 de maio de 2008

Pedra Pomes X? Só... ando a Dormir? Hipnotizado?

Tempo, não é desculpa, a passividade com que se entra em certos ciclos tem este efeito.
Também a fraca afluência a este blogue, me fazem chegar á conclusão de que:
1. O problema é sempre o público e não dos artistas, a perrogativa de que é o poeta que se afasta do público é pura demagogia. O poeta é o primeiro ariete de mensagens que o resto dos homens prefere relegar para um plano do fantástico. Um bom poeta só ganha os seus 15 minutos de fama depois de morto. O mundo insensível demosntra assim a sua gratidão perante o mundo das artes e letras. É um monumental lavar de mãos.
2. Até ao momento não investi o suficiente na divulgação do blogue, mas se o fizesse e não obtivesse resultados, voltaria ao ponto um.
3. A falta de reação dos meus conterrâneos deixa-me preocupado, já nem se preocupam em calar vozes incómodas, tão alheados que andam nos seus assuntos corruptos; esperam que as coisas se extingam espontâneamente.
4. Parafrasendo Alexandre Herculano - "Isto dá vontade de Morrer!"

Cartas Anónimas ou Poemas

“passados 33 anos de poucas vergonhas,
a ditadura chegou mesmo,
e como é de outra cor…”,

Há uns tempos atrás
Num determinado café da vila
Encontrei uma carta escrita
Não tinha subscritor
Encontrei uma carta anónima.
Resolvi ler o seu conteúdo
Ia fazendo a respectiva leitura,
Equacionava sobre a razão
Equacionava sobre o hábito
De se distribuir cartas anónimas
Ou poemas ( que resolvi ler )
Para confrontar as populações sobre os políticos locais
Para confrontar atitudes protagonizadas.
Isto no concelho de Mogadouro,
Isto no concelho de Freixo de Espada à Cinta:
Versos ou poemas
Para assustar a carneirada.
Na referida reflexão
Num determinado café da vila
Conclui que as pessoas não têm coragem
Conclui que as pessoas não fazem frente aos visados

Acusam:
Na referida carta, o actual Presidente da Câmara
De apesar de ser do concelho,
E de já ter nascido rico,
Nunca quis saber da terra para nada,
Só vinha a Mogadouro nas autárquicas
Para se candidatar pelo Partido Comunista.
Além disso, referem que o Dr. veio da
Pontinha para Mogadouro com o mesmo rótulo,
Apesar do encosto do PSD ter sido há muitos anos,
Este não teve a sorte do primeiro.
Escrevem sobre o vereador das obras
O mais poderoso de todos e o mais ditador
Do Planalto Mirandês.
Atacam de forma arrasadora
O vereador Dário e esposa,
(O primeiro já arranjou
um lugar para a esposa perto dele)
Ironizam o casalinho de engenheiros de Tó,
De possuírem diplomas da
“Universidade” dos Carvalhais (Mirandela).
Argumentam que são
Tão competentes e honestos que,
Em 2004 nas eleições para a Cooperativa,
Vincaram a sabedoria que têm,
Reunindo aves de rapina,
Ao ponto de ameaçarem a outra lista a desistirem,
Senão eram despedidos dos empregos.
Os visados sobre
As eleições de 2007 para a Cooperativa,
Para evitarem a concorrência às eleições
Foram silenciosos,
Os abutres fizeram tudo à maneira deles
De forma a não deixar funcionar a Democracia.
Para concluírem, acusam os que saíram em 2004
De que para apoiarem e cederem o lugar ao casalinho
Comungam da mesma ganância,
E que estes mesmos “democratas”
Já se estão a preparar para fazer o mesmo ao
Lar de Terceira Idade de Mogadouro.

Que mal terá feito o casalinho aos autores
Que mal terá feito o Presidente da Assembleia Municipal
Que mal terá feito o candidato PSD à Junta de Mogadouro

Tudo leva a crer que os versos e poemas tenha vindo
De alguém do PSD que, presentemente, ou
Não se identifica com o actual executivo ou
Que, por algum motivo, não se sente encostado.
Isto no concelho de Mogadouro
Num determinado café da vila
Deixa sempre a população insegura
Deixa as eleições para a
Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro inseguras
E o Lar de Terceira Idade inseguro,
Uma vez que existem duas listas
Dois dirigentes do PSD
Um é o actual Vice-Presidente da Câmara,
O outro é o actual poderoso vereador das obras,
Em rigor, este facto na sequência
Da derrota do Dr. Marques Mendes.
Isto no concelho de Mogadouro
Não tardará muito que regresse
Um passado de má memória.
Num determinado café da vila
Conclui que as pessoas não têm coragem
Conclui que as pessoas não fazem frente aos visados
Conclui que eram despedidos dos empregos
E assim encontrei uma carta escrita
Não tinha subscritor
Encontrei uma carta anónima.

A partir do texto original de Hirondino Isaías (14/12/07)