domingo, 10 de agosto de 2008

Somos um país do “faz de conta...”

A criminalidade…
À paulada e à pistola: agora, não ;
Já só se faz com rajadas de metralhadora.
Um país onde da criminalidade em autogestão tem primado,
A criminalidade encontra um país assustado
Com o futuro.

Os agentes da PSP frequentam um
Curso intensivo para “inglês ver” , para
Acrescentar conhecimentos específicos,
Para que seja o que for.

Os três governantes e quem assistiu,
Os monitores, os assessores
E quem se envolve em processos do faz de conta
Deslocaram-se a Guimarães para ver sorrisos de escárnio.

O governo tem o primado da mascarada
Para que seja o que for, para acrescentar conhecimentos
Numa roupagem que aparenta uma coisa
Mas é outra, bem diferente.
Uma cultura de sepulcros caiados
Passou o ano a distribuir computadores
Empobrece, mais do que enobrece
Os cidadãos sem formação sólida.
Os sepulcros caiados têm trabalhado
Para as estatísticas com sorrisos de escárnio

O país caminha para a ignorância
Impõe à sociedade um clima de auto-convencimento
Aquela máxima legitimada pela evidência:
“Para que hei-de andar a matar-me, se, ao completar
Determinada idade, vou obter o mesmo certificado,

Num ambiente acolhedor, provavelmente com despesas pagas,
Com todos os mimos convencionais,
Com facilidades de todo o género?”.
Já bastam as modernices do Processo de Bolonha.
Bastavam treze anos de aproveitamento

Um natural orgulho interior
Que coroava sacrifícios, de toda a ordem.
Tudo se reduziu a metade e os benefícios são os mesmos,
O que gera tremendos sorrisos de escárnio.

Vivemos dias de circo. O circo que
Espera o Primeiro-ministro,
Depois do regresso da sua
Triunfal digressão com o Grande Corso Europeu.
Bastavam treze anos de aproveitamento
À paulada e à pistola.

A partir do texto original de Barroso da Fonte (20/12/07)

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Vila Real e a sua História no Museu que tem o seu nome


Mãos hábeis nascaram nesta cidade
Tiveram acesso a um mar de pormenores
Face à ignorância – que está na moda – da enorme
Contribuição do “Estado Novo”
Para melhoria do país que somos.

Mãos hábeis nasceram com brilhantismo
Que sempre caracterizam o “modus vivendi” do “Estado Novo”
Direi mesmo Vila Real: que mãos hábeis!
A História se transformou em autêntica biografia
Dos ouvintes com mais de 60 anos!

Era o dia-a-dia desta esquecida província transmontana
O quadro de bancarrota, pobreza, fome, analfabetismo
Com sentimento

Mais uma vez se pintou a enorme transformação
Desta região entre 1930 – 1940
E algumas raras imperfeições que macularam
Mas que sempre surgem por melhor que
Se desejasse ser a sua concretização.
Mãos hábeis enumeraram a construção de novas pontes
E pontões, estradas, caminhos e reconstrução dos já degradados

Era o dia-a-dia desta esquecida província transmontana
O quadro de bancarrota, pobreza, fome, analfabetismo
Com sentimento

A arborização que transformou em verde paraíso esta Vila Real
Profundas saudades da bela moldura que envolvia o Marão
Profundas saudades que
Vi pela primeira vez em 1958
Profundas saudades cujo
Total desaparecimento me comove e revolta,
Como a saudade de alguém querido que se perdeu.

Vila Real que se perdeu
Na saudade do primeiro milagre
Do abastecimento de água,
Com múltiplos fontanários nas freguesias.
O saneamento, a rede de distribuição eléctrica,
A reparação da Ponte Metálica,
A construção do novo Matadouro Municipal,

Da Cadeia, do Cemitério de Santa Iria, dos Correios,
Do Quartel do Regimento de Infantaria 13,
Do Palácio da Justiça…

Vila Real, seria ingratidão
Esquecer uma saudade.
Os nomes ilustres de alguns dos autores
Deste autêntico renascimento

O melhoramento das fragas ressequidas
Os ilustres, quiseram nas fragas ressequidas
Dar pão aos esfomeados, nas fragas ressequidas
A luz da Instrução aos ignorantes, nas fragas ressequidas
Sepulturas dignas aos mortos, quiseram nas fragas ressequidas o
Tratamento aos doentes e leite aos recém-nascidos.
(Mas também quiseram fragas ressequidas.)

Era o dia-a-dia desta esquecida província transmontana
O quadro de bancarrota, pobreza, fome, analfabetismo
Com sentimento

É bom lembrar, Nascida durante o”Estado Novo”
Sempre admirei o Professor Doutor Oliveira Salazar
Ele sofreu com o “atraso”, “o provincianismo”
E a “mediocridade” dos portugueses da sua época.
Por isso quis criar uma mentalidade nova.
Por isso quis criar uma Vila Real nova
E para minha surpresa. Uma Vila Real
Eivada de honestidade, patriotismo
E desejo de acertar nas fragas ressequidas.
Como o Professor Doutor Oliveira Salazar.

É bom lembrar que sempre me inspirou o
28 de Maio de 1926.
E não quero deixar de esclarecer
Que o partido está acima do Estado
Das célebres “Camisas Negras”
Da esquerda republicana
De Afonso Costa – figura satânica que
Então vivia.
É bom lembrar que sempre me inspirou o
28 de Maio de 1926.
Não sendo totalmente exemplar.
Era honesto e patriota.

É bom lembrar…
O dia-a-dia desta esquecida província transmontana
O quadro de bancarrota, pobreza, fome, analfabetismo
Com sentimento

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Mesmo que o “Estado Novo” não existisse
E uma república de esquerda não fizesse
A guerra do ultramar
Cuspir – lhe – iam em cima
Na década de sessenta tínhamos capacidade
Para opor-nos às “guerrilhas” da
Guiné, Angola e Moçambique
É bom lembrar que em África
Estivemos 500 anos e a França,
Que só ocupou a Argélia em 1830,
Lutou por ela bravamente de 1954 a 1962,
E quando era governada pela esquerda.

A partir do texto original de Ana Maria Aguiar Macedo (17/12/07)

Texto datado de 2/10/2003