segunda-feira, 7 de abril de 2008

Porque somos assim?

Desde há muito que vivia intrigado
Quem somos? Porque nos comportamos assim?
Sem que se tornasse uma obsessão
-“Professor, porque somos assim?”

César havia dito: “Há, nos confins da Hispânia,
Um povo que não se governa nem se deixa governar”
Os conservadores resistentes iam recuando
Recuaram que aqui chegaram
E por aí ficando
Num território do qual não era possível fugir
Porque a seguir só havia mar.

Depois vê-se que nasceu Portugal
Uma batalha entre Dona Teresa e seu filho
E este, promessas,
Não se submeteu à vassalagem de Leão.
Somos um povo com mais de 850 anos
Povo insatisfeito, nunca acomodado,
Povo mar a dentro. Povo de promessas.
A 1910, a República, depois do regicídio.
Sucederam-se governos em constante regabofe.
Em 1921, Salazar (uma promessa) é eleito deputado,
E este, promessas, um dia permanece.
É chamado à vassalagem, em 1928, para assumir
Resiste e só aceitou depois de terem concordado
Com as condições de vassalagem que propôs.
Descendente de humildes proprietários agrícolas,
Humilde Salazar rodeado pela “Brigada do Reumático”,
Afastou-se do seu povo e impôs a ditadura que
Não passou de autoritarismo; condições de vassalagem.
1969 Mais uma vez, a “Brigada do Reumático”
Impôs a sua vontade.
1974 a democracia foi estabelecida.
Capitães, desagradados com os milicianos
Que não tinham a sua disciplina, o seu rigor e a sua classe.
E o povo aderiu à revolta em constante regabofe
Chegam os políticos do exílio
Spínola não concorda e seguiu como as Províncias
Portugal seguiu a Democracia,
Províncias a ditadura e a guerra civil.

Para a União Europeia entrámos
Quem fiscalizou
Não houve um único Governo.

Não houve um único Governo
Que fiscalizasse dois milhões de pobres.
Saibamos aproveitar esta última oportunidade
Para submeter à vassalagem os descendentes
Dos resistentes às antigas civilizações,
De uma vez por todas,
Acordem e governem ou se deixem governar.
Não podemos aceitar que
Se continue a insistir com direitos adquiridos
E outras regalias injustas.
Aos descendentes das antigas civilizações.
Portugal é de todos os portugueses,
Com os mesmos direitos,
As mesmas liberdades e as mesmas garantias.
Na trilogia Deus, Pátria e Família

Não mais à trilogia “Eu, Eu e Eu”.
Todos queremos mais e melhor vassalagem
A vassalagem tarda.

A partir do texto original de Olivério Teixeira (?/09/07)

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