A criminalidade…
À paulada e à pistola: agora, não ;
Já só se faz com rajadas de metralhadora.
Um país onde da criminalidade em autogestão tem primado,
A criminalidade encontra um país assustado
Com o futuro.
Curso intensivo para “inglês ver” , para
Acrescentar conhecimentos específicos,
Para que seja o que for.
Os monitores, os assessores
E quem se envolve em processos do faz de conta
Deslocaram-se a Guimarães para ver sorrisos de escárnio.
Para que seja o que for, para acrescentar conhecimentos
Numa roupagem que aparenta uma coisa
Mas é outra, bem diferente.
Uma cultura de sepulcros caiados
Passou o ano a distribuir computadores
Empobrece, mais do que enobrece
Os cidadãos sem formação sólida.
Os sepulcros caiados têm trabalhado
Para as estatísticas com sorrisos de escárnio
Impõe à sociedade um clima de auto-convencimento
Aquela máxima legitimada pela evidência:
“Para que hei-de andar a matar-me, se, ao completar
Determinada idade, vou obter o mesmo certificado,
Num ambiente acolhedor, provavelmente com despesas pagas,
Com todos os mimos convencionais,
Com facilidades de todo o género?”.
Já bastam as modernices do Processo de Bolonha.
Bastavam treze anos de aproveitamento
Um natural orgulho interior
Que coroava sacrifícios, de toda a ordem.
Tudo se reduziu a metade e os benefícios são os mesmos,
O que gera tremendos sorrisos de escárnio.
Espera o Primeiro-ministro,
Depois do regresso da sua
Triunfal digressão com o Grande Corso Europeu.
Bastavam treze anos de aproveitamento
À paulada e à pistola.
Sem comentários:
Enviar um comentário