segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Vila Real e a sua História no Museu que tem o seu nome


Mãos hábeis nascaram nesta cidade
Tiveram acesso a um mar de pormenores
Face à ignorância – que está na moda – da enorme
Contribuição do “Estado Novo”
Para melhoria do país que somos.

Mãos hábeis nasceram com brilhantismo
Que sempre caracterizam o “modus vivendi” do “Estado Novo”
Direi mesmo Vila Real: que mãos hábeis!
A História se transformou em autêntica biografia
Dos ouvintes com mais de 60 anos!

Era o dia-a-dia desta esquecida província transmontana
O quadro de bancarrota, pobreza, fome, analfabetismo
Com sentimento

Mais uma vez se pintou a enorme transformação
Desta região entre 1930 – 1940
E algumas raras imperfeições que macularam
Mas que sempre surgem por melhor que
Se desejasse ser a sua concretização.
Mãos hábeis enumeraram a construção de novas pontes
E pontões, estradas, caminhos e reconstrução dos já degradados

Era o dia-a-dia desta esquecida província transmontana
O quadro de bancarrota, pobreza, fome, analfabetismo
Com sentimento

A arborização que transformou em verde paraíso esta Vila Real
Profundas saudades da bela moldura que envolvia o Marão
Profundas saudades que
Vi pela primeira vez em 1958
Profundas saudades cujo
Total desaparecimento me comove e revolta,
Como a saudade de alguém querido que se perdeu.

Vila Real que se perdeu
Na saudade do primeiro milagre
Do abastecimento de água,
Com múltiplos fontanários nas freguesias.
O saneamento, a rede de distribuição eléctrica,
A reparação da Ponte Metálica,
A construção do novo Matadouro Municipal,

Da Cadeia, do Cemitério de Santa Iria, dos Correios,
Do Quartel do Regimento de Infantaria 13,
Do Palácio da Justiça…

Vila Real, seria ingratidão
Esquecer uma saudade.
Os nomes ilustres de alguns dos autores
Deste autêntico renascimento

O melhoramento das fragas ressequidas
Os ilustres, quiseram nas fragas ressequidas
Dar pão aos esfomeados, nas fragas ressequidas
A luz da Instrução aos ignorantes, nas fragas ressequidas
Sepulturas dignas aos mortos, quiseram nas fragas ressequidas o
Tratamento aos doentes e leite aos recém-nascidos.
(Mas também quiseram fragas ressequidas.)

Era o dia-a-dia desta esquecida província transmontana
O quadro de bancarrota, pobreza, fome, analfabetismo
Com sentimento

É bom lembrar, Nascida durante o”Estado Novo”
Sempre admirei o Professor Doutor Oliveira Salazar
Ele sofreu com o “atraso”, “o provincianismo”
E a “mediocridade” dos portugueses da sua época.
Por isso quis criar uma mentalidade nova.
Por isso quis criar uma Vila Real nova
E para minha surpresa. Uma Vila Real
Eivada de honestidade, patriotismo
E desejo de acertar nas fragas ressequidas.
Como o Professor Doutor Oliveira Salazar.

É bom lembrar que sempre me inspirou o
28 de Maio de 1926.
E não quero deixar de esclarecer
Que o partido está acima do Estado
Das célebres “Camisas Negras”
Da esquerda republicana
De Afonso Costa – figura satânica que
Então vivia.
É bom lembrar que sempre me inspirou o
28 de Maio de 1926.
Não sendo totalmente exemplar.
Era honesto e patriota.

É bom lembrar…
O dia-a-dia desta esquecida província transmontana
O quadro de bancarrota, pobreza, fome, analfabetismo
Com sentimento

………………………………………………………….

Mesmo que o “Estado Novo” não existisse
E uma república de esquerda não fizesse
A guerra do ultramar
Cuspir – lhe – iam em cima
Na década de sessenta tínhamos capacidade
Para opor-nos às “guerrilhas” da
Guiné, Angola e Moçambique
É bom lembrar que em África
Estivemos 500 anos e a França,
Que só ocupou a Argélia em 1830,
Lutou por ela bravamente de 1954 a 1962,
E quando era governada pela esquerda.

A partir do texto original de Ana Maria Aguiar Macedo (17/12/07)

Texto datado de 2/10/2003

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