As mulheres já brincam com transmontanos
I
Isto foi há vinte e tal anos
Afinal só mudaram as moscas
Com os transmontanos não se brinca
Costumava dizer-se nos tempos em que eu nasci
Isto foi há vinte e tal anos
Afinal, só mudaram as moscas
Por bem davam a camisa do corpo
Por mal era o diabo
O lodo em cima das costas
Um na cadeia e outro no cemitério
Natureza instinto de vingança deus vivo
Um deus de cornos e de testículos que
A gratidão dos fiéis cobre de palmas
De flores de cordões de oiro e de ternura
Um deus a quem dão gemadas e cervejas,
Para que possa inundar as vacas as moças
Os moços de certeza…viril para reagir a todas as cornadas
II
Depois de ler a entrevista de 14 do corrente
(Isto foi instinto de vingança)
A majestade:
A majestade afirmando que recebeu a queixa sobre Sócrates
E que alguns dos ataques que têm surgido contra mim são
Claramente machistas e não teriam acontecido se eu fosse homem
Esta sumidade feminista quadrada como o ecrã
Que a leva a casa do telespectador
Saneou mais cinco outros
Uma dessas vítimas é invisual
E gabou-se de que abriu 778 processos
O que dá uma média de três por dia
Incluindo os Domingos
Por isso foi reconduzida à pressa
Mesmo depois de rebentar a bronca com Charrua
Só que este é transmontano e deu à língua…
Por mal era o diabo
O lodo em cima das costas
Charrua quebrara o dever de lealdade
O professor de Inglês uma dessas vítimas
Um fim de semana lhe assaltaram e
Profanaram a privacidade
Não se contentou ela em remexer a
Secretária que ele ocupava
Em violar o computador pessoal
Em profanar a intimidade
Que qualquer cidadão tem direito a ter
Mesmo no seu posto de trabalho
Se calhar até a notável majestade
Tem no gabinete que ocupa os pensos higiénicos
Os batons e outros cosméticos que a idade aconselha
Talvez o professor saneado pudesse ter por lá preservativos
Lubrificantes e outros
Produtos afrodisíacos e gemadas de cervejas
O professor tem hoje o dever de falar
Da educação sexual e de todas as cornadas
III
O editorial do (…) de 15 do corrente, foi claro
A Ministra ainda não demitiu a majestade
Tornámo-nos realmente num país de
Bananas onde cada vez menos
Fazem frente ao candidato a autocrata
Que manda neste canto da Europa
País onde se dobra a espinha
Se mendigam benesses e gemadas de cervejas
Se calam opiniões se vive acobardado
Se justifica tudo remetendo não
Para a inteligência mas para as conveniências
Sou transmontano e solidário com esta vítima
Que também o é
Sou mais velho do que ele
Um deus de cornos e de testículos que
A gratidão dos fiéis cobre de palmas,
De flores, de cordões de oiro e de ternura
E já não tenho idade nem saúde
Para me envolver em cornadas
De contrário, gostaria de bater-me
Porque já ocupei um cargo equivalente ao dela
Camaradas seus tentaram fazer-me
O que ela acaba de fazer ao Charrua
Sou transmontano
E já não tenho idade
País de bananas
(17/11/07) a partir de texto original de Barroso da Fonte
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
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